Hoje, peço licença a Lucas para lhe tomar a pena e as palavras...

"Enquanto Paulo percorria os caminho de Fátima, o espírito fremia-lhe de indignação, ao ver a cidade repleta de ídolos... Paulo anunciava a Boa-Nova de Jesus e a ressurreição, ao que as pessoas comentavam: «Poderemos saber que nova doutrina é essa que ensinas? O que nos dizes é muito estranho e gostaríamos de saber o que isso quer dizer»...
Paulo disse, então: «Peregrinos de Fátima, vejo que sois, em tudo, as pessoas mais religiosas. Percorrendo a vossa cidade e examinando os vossos monumentos sagrados, até encontrei um altar com esta inscrição: 'Ao Deus desconhecido.' Pois bem! Aquele que venerais sem conhecer é esse que eu vos anuncio. O Deus que criou o mundo e tudo quanto nele se encontra, Ele, que é o Senhor do Céu e da Terra, não habita em santuários construídos pela mão do homem, nem é servido por mãos humanas, como se precisasse de alguma coisa, Ele, que a todos dá a vida, a respiração e tudo mais. Fez, a partir de um só homem, todo o género humano, para habitar em toda a face da Terra; e fixou a sequência dos tempos e os limites para a sua habitação, a fim de que os homens procurem a Deus e se esforcem por encontrá-lo, mesmo tacteando, embora não se encontre longe de cada um de nós.
É nele, realmente, que vivemos, nos movemos e existimos.
Se nós somos da raça de Deus, não devemos pensar que a Divindade se compraz com o ouro, a cera ou o sangue dos nossos sacrifícios. Sem ter em conta estes tempos de ignorância, Deus faz saber, agora, a todos os homens e em toda a parte, que todos têm de se arrepender, pois fixou um dia em que julgará o universo com justiça, por intermédio de um Homem, que designou, oferecendo a todos um motivo de crédito, com o facto de o ter ressuscitado de entre os mortos.»

(adaptado de Act 17 e o Paulo de então sou eu próprio)